Imprensa Europeia diz: Temer deve sair do cargo

Os casos de corrupção no País vêm tendo bastante repercussão nos veículos de comunicação locais

Por Visual News Notícias 18/05/2017 - 09:15 hs

A imprensa europeia dá destaque nesta quinta-feira (18) à notícia de
que o presidente Michel Temer foi gravado por um empresário dando aval para uma
suposta compra de silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) na Operação Lava Jato. Os casos de corrupção no País vêm tendo bastante
repercussão nos veículos de comunicação locais e o tom na região é o de que Temer pode
ter de sair do cargo pouco depois de um ano de assumir.
O jornal francês Le Figaro diz que Temer está "em meio a uma tormenta". A publicação
traz informações do Brasil, contando que, em 7 de março, o presidente se reuniu com um

 

O Le Figaro também registra a negativa da Presidência: "O presidente Michel Temer
nunca pediu pagamento para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Ele não
participou ou autorizou qualquer operação com o objetivo de evitar uma confissão ou uma
colaboração na Justiça do ex-presidente da Câmara", diz comunicado do Planalto.
O português Diário de Notícias traz a informação de que Batista entregou à polícia uma
gravação onde o presidente incentiva o pagamento pelo silêncio de Cunha. "Fala-se em
queda do governo e eleições antecipadas", cita o jornal. A publicação detalha que o
empresário também mandou para a polícia um vídeo em que Rodrigo Loures (deputado do
PMDB ligado a Temer) recebe uma mala com R$ 500 mil para resolver assuntos ligados à
JBS.
Em outro áudio, o candidato à presidência derrotado em 2014 por Dilma, conforme o
jornal lusitano tratou o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, teria pedido R$ 2
milhões para Batista. A entrega também teria sido filmada com a autorização da polícia.
"As consequências destes áudios e vídeos, segundo as primeiras análises da imprensa
(brasileira), podem ser a demissão de Temer e a precipitação de eleições. Mas como
estamos a menos de dois anos da data marcada para a realização do próximo sufrágio,
marcado para outubro de 2018, a eleição teria de ser, segundo a Constituição brasileira,
feita pelos congressistas, na sua maioria apoiantes do governo de Temer."